terça-feira, 13 de janeiro de 2009

“Manhãs de nevoeiro”


Sem motivo aparente
Acordo, os olhos abrem
E a vida surge na mente
Na face sinto leve aragem…

O dia rompeu e opôs-se
Á noite, gélida e escura
Manha melancólica atreve-se
Nevoeiro realça amargura…

Horizonte opaco revela,
Olhares de outro tempo
A vida avança e não recua…

Teu rosto em espectro aflora
E, com o olhar seguro contemplo
No repeito invadido pela calma…manhã…



OnuN 13-01-2009

3 comentários:

João Caniço disse...

Eu normalmente associava 'manhãs de nevoeiro' quando um gajo acordava com aquelas ressacas brutais e não via nadinha à frente, apenas uma combinação mortífera de sombras... Mas prontos, há que dizer que este no novo conceito de 'manhãs de nevoeiro' tipo soneto ficou engraçado!
Abraços e cuidado com as ramadas!

Anónimo disse...

eu concordo com essas "manhas de nevoeiro"..
beijos
portuguesita

Anónimo disse...

O sonho de uma mulher é ouvir alguém sussurrar ao ouvido essas lindas palavras que tu escreves....
lindo!!!!
Tua fã...