domingo, 18 de julho de 2010

Rodrigo...


Fruto de amor irrestrito
Dilecto desde o ventre
És primavera do leito
Que espera no alpendre

Como flor que brota
No campo, tu assim
Nasceste que nem bolota,
Rija e leve como o cetim…

Sorriso fácil e audaz
Imponente, lúcido e calmo,
Estarei sempre contigo…

Alegria imensa, não fugaz
Iluminou leito talhado a palmo
No tio, terás sempre um amigo…


Para o menino mais lindo, e os maravilhosos pais que com sete letras escolheram... o nome Rodrigo



Nuno Carrêlo 12-05-2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Desarmado…


Quero conhecer o mapa
Da tua alma, teu mundo
Numa aragem, ataranta
O olhar, deixa-me desarmado…

Teu encanto é como uma,
Arma carregada de promessas,
Bebo e respiro paz não apreendida,
E voo como areias nas dunas…

A noite é luminosa e efémera
Quanto a lua que a espreita
Necessito um beijo no olhar…

Teu silencio é de estrela,
Longínqua, fugaz e sincera
No meu abraço te quero aninhar...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sentir os Sentidos...


Desenho-te a tintas de sonho
E a cores expressivas de prazer.
Construo em puzzle teu corpo
invento-te em cada amanhecer…

Navegador audaz e solitário,
No vazio povoado de espectros
Sem bússola nem astrolábio,
Vivo ao som de suaves ecos…

Mãos habituadas á imensidão,
Traço percursos singulares
No teu corpo, sinto-te a pele…

O compasso da tua respiração
Rasa o meu ouvido, algures
E meus olhos jazem em cada detalhe


01/03/2009

Onun Olerrac

domingo, 8 de março de 2009

O mar…


Azul em quantidades desmesuradas
O mar, águas salgadas e transparentes…
Causador de saudades estranguladas
E vitórias, inevitavelmente, dementes…

Grito de mães, velho do Restelo,
Outrora galardoado e desconhecido…
Hoje audaz, imergente, detê-lo,
Inimigo do rochedo desprotegido…

Conselheiro e alheio á compaixão…
Cobiçado, atraiçoado, e saturado
Seduz, desmente rumores e historias…

Provoca, doce e leve, dor no coração…
A cada adeus eternamente perpetuado,
Em, tempestades cruéis e vitoriosas…




Braga, a 8 de Março de 2009


OlerraC OnuN

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

“Manhãs de nevoeiro”


Sem motivo aparente
Acordo, os olhos abrem
E a vida surge na mente
Na face sinto leve aragem…

O dia rompeu e opôs-se
Á noite, gélida e escura
Manha melancólica atreve-se
Nevoeiro realça amargura…

Horizonte opaco revela,
Olhares de outro tempo
A vida avança e não recua…

Teu rosto em espectro aflora
E, com o olhar seguro contemplo
No repeito invadido pela calma…manhã…



OnuN 13-01-2009

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O cume e o vale…


Papeis soltos pela mesa
Olhar longínquo e perdido
Horizonte confirma certeza
Do sentimento, agora exprimido…

Murmúrios que o vento
Trás, em deixas a compasso
Veloz simples e atento
Rumo, na direcção do abstracto…

Bebo em lençóis do tempo
Saudades, de outras manhas
Espero alentos asfixiados…

Inquieto, suspenso contemplo
Falésias de emoções rasgadas
Por, cumes de vales banidos…


OnuN 06-11-2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Escombro…


Desperto de sensações perdidas,
Oculto olhares precoces e banais
Vagueio em neblinas adormecidas
Outrora, hoje dispersas, cruciais…

Entre receios errantes encontro
Lugares previamente desconhecidos
Falácia de vulgar escombro
Em dias insistentemente obstruídos…

Navego em ruas vazias e nuas
Avisto clarões de incertezas
Avanço mas temendo a conquista…

Sou assaltado, nas ditas, ruas
Atraído por subtis impurezas
Acordo, e, de novo mundo realista…


Onun 30/10/2008