segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sentir os Sentidos...


Desenho-te a tintas de sonho
E a cores expressivas de prazer.
Construo em puzzle teu corpo
invento-te em cada amanhecer…

Navegador audaz e solitário,
No vazio povoado de espectros
Sem bússola nem astrolábio,
Vivo ao som de suaves ecos…

Mãos habituadas á imensidão,
Traço percursos singulares
No teu corpo, sinto-te a pele…

O compasso da tua respiração
Rasa o meu ouvido, algures
E meus olhos jazem em cada detalhe


01/03/2009

Onun Olerrac

domingo, 8 de março de 2009

O mar…


Azul em quantidades desmesuradas
O mar, águas salgadas e transparentes…
Causador de saudades estranguladas
E vitórias, inevitavelmente, dementes…

Grito de mães, velho do Restelo,
Outrora galardoado e desconhecido…
Hoje audaz, imergente, detê-lo,
Inimigo do rochedo desprotegido…

Conselheiro e alheio á compaixão…
Cobiçado, atraiçoado, e saturado
Seduz, desmente rumores e historias…

Provoca, doce e leve, dor no coração…
A cada adeus eternamente perpetuado,
Em, tempestades cruéis e vitoriosas…




Braga, a 8 de Março de 2009


OlerraC OnuN

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

“Manhãs de nevoeiro”


Sem motivo aparente
Acordo, os olhos abrem
E a vida surge na mente
Na face sinto leve aragem…

O dia rompeu e opôs-se
Á noite, gélida e escura
Manha melancólica atreve-se
Nevoeiro realça amargura…

Horizonte opaco revela,
Olhares de outro tempo
A vida avança e não recua…

Teu rosto em espectro aflora
E, com o olhar seguro contemplo
No repeito invadido pela calma…manhã…



OnuN 13-01-2009